O USO DA TELESSAÚDE E TELEMEDICINA À PROFISSIONAIS E PARA USUÁRIOS COMO SUPORTE ASSISTENCIAL E INFORMACIONAL: REVISÃO INTEGRATIVA

 

Zaqueu Jhônathas Santos da Silva[1]

Universidade Federal de Alagoas

zaqueu.silva@fanut.ufal.br

Gabriel dos Santos Farias [2]

Universidade Federal de Alagoas

gabriel.farias@fanut.ufal.br

 

Gerson Vanderley de Almeida Silva [3]

Universidade Federal de Alagoas

                                                                                                            gerson.silva@fanut.ufal.br

Maurício de Oliveira[4]

Universidade Federal de Alagoas

                                                                                                     mauricio.oliveira@ceca.ufal.br

______________________________

Resumo

A  sociedade da informação da era pós-industrial e globalizada, é sem dúvida permeada pela difusão em massa das mais variadas informações nas diversas áreas do conhecimento, disponibilizadas nos mais diferentes suportes, em destaque, aquelas que estão inseridas na rede mundial de computadores, por meio de buscadores que indexam as informações com robôs, ou bancos de dados, repositórios digitais e ou portais com informações específicas e tratadas. A partir dessa necessidade de sistematização, a saúde precisou se organizar e adentrar utilizando-se de formas mais modernas como meios virtuais e digitais. Objetivo: É realizar um levantamento bibliográfico sobre o uso da Telessaúde e Telemedicina como suporte assistencial e informacional aos profissionais e usuários, nos periódicos científicos dos segmentos da informação e comunicação no Brasil. Metodologia: O tipo de pesquisa escolhido foi à Revisão Integrativa, que proporciona envolver levantamento bibliográfico; análise de exemplos e assumir formas de pesquisa bibliográfica. Resultados e Discursões: Durante a pesquisa localizamos um total de 17 revistas da Área de Ciência da Informação, classificadas com conceito Qualis que variou de A1 até B5. Foi possível recuperar 65 artigos científicos divididos nos termos: Telessaúde; Telemedicina; e Usuário de Saúde. Com os resultados, buscou-se identificar qual a importância da telessaúde para os usuários de saúde do Brasil, e a interação entre profissionais e clientes, a partir de uma análise em artigos científicos voltados ao contexto informacional e de comunicação na saúde. Considerações finais: Podemos afirmar que o Brasil apresenta um viés relevante na área da Telessaúde, a partir do Sistema Único de Saúde - SUS, nesse contexto, o programa possibilita mapear e gerar dados e estatísticas voltados a usuários da informação em saúde a nível nacional.

 

Palavras-chave: Telessaúde. Usuário de Saúde. Telemedicina.

THE USE OF TELEHEALTH AND TELEMEDICINE FOR PROFESSIONALS AND USERS AS ASSISTANCE AND INFORMATIONAL SUPPORT: INTEGRATIVE REVIEW

 

Abstract

The information society of the post-industrial and globalized era is undoubtedly permeated by the mass dissemination of the most varied information in the various areas of knowledge, made available in the most different supports, especially those that are inserted in the world wide web, for through search engines that index information with robots, or databases, digital repositories and or portals with specific and treated information. From this need for systematization, health had to organize itself and enter using more modern ways such as virtual and digital means. Objective: It is to carry out a bibliographic survey on the use of Telehealth and Telemedicine as assistance and informational support for professionals and users, in scientific journals of the information and communication segments in Brazil. Methodology: The type of research chosen was the Integrative Review, which involves a bibliographic survey; analysis of examples and assume forms of bibliographic research. Results and Discussions: During the research we located a total of 17 journals in the Information Science Area, classified with a Qualis concept that ranged from A1 to B5. It was possible to retrieve 65 scientific articles divided into the following terms: Telehealth; Telemedicine; and Health User. With the results, we sought to identify the importance of telehealth for health users in Brazil, and the interaction between professionals and clients, based on an analysis of scientific articles focused on the informational and communication context in health. Final considerations: We can say that Brazil has a relevant bias in the area of ​​Telehealth, based on the Unified Health System - SUS, in this context, the program makes it possible to map and generate data and statistics aimed at users of health information at the national level.

 

Keywords: Telessaúde. Health Users. Telemedicine.

1 INTRODUÇÃO

A sociedade da informação sob o advento da era pós-industrial e globalização, é permeada pela disponibilização na rede mundial de computadores ou a world wide web (www) de informações que vão além de nossa imaginação, segundo reportagem da Exame (2021), a cada 6 minutos, o mundo produz na rede mundial de computadores cerca de 9 mil terabytes de informações, sem contarmos as informações que são geradas e  disponibilizadas nos mais diferentes suportes (que posteriormente serão também acessadas através da internet). A partir dessa necessidade de sistematização para captação, tratamento, armazenamento e recuperação dessas informações, a saúde precisou criar mecanismos e ferramentas, para atingir/chegar a diferentes lugares e consequentemente aos usuários, principalmente com a pandemia da SARS-CoV-2. Segundo Freitas (2021, s/p):

[…] surgiram no contexto da Terceira Revolução Industrial e Revolução Informacional e, potencializadas na década de 1990. As TICs podem ser pensadas como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada e ampla.

 

Contudo, nem sempre os conteúdos disponíveis na internet são intuitivos ou possuem controle de vocabulários, indexação perfeita, uso de taxonomias e ontologias, o que sem sombra de dúvida facilitaria em muito a vida do usuário na recuperação da informação, tudo isso ocorre devido a falta de qualificação profissional que muitas vezes disponibiliza essas informações sem o mínimo de tratamento em portais, metabuscadores, repositórios ou bancos de dados. Na área da saúde as ferramentas tecnológicas estão cada vez mais presentes e começam a fazer parte das rotinas dos profissionais que atuam neste campo, sejam elas para uso na medicina propriamente dita, em salas de cirurgias, o uso de inteligência artificial, robôs e além de consultas, atualmente até cirurgia é possível se realizar à distância com uso de inteligência artificial. A propósito, vale salientar aqui a fala de Takahashi (2022, online), em uma matéria sobre o assunto, que diz:

Em 2019, por exemplo, foram realizadas cirurgias complexas de coluna a distância baseadas na quinta geração da internet em 12 pacientes de seis hospitais de seis cidades diferentes na China. O país é um dos que lideram esse tipo de tecnologia, tendo também efetuado neurocirurgias remotas.

 

Com a preocupação de prover informações claras e precisas para uma prática consolidada e com o mínimo de equívocos possíveis, surge a Saúde Baseada em Evidências que também está agregando recursos tecnológicos, para a utilização de ferramentas mais eficazes na busca e recuperação da informação.

A partir dessa necessidade, de comunicação e prática baseada em evidências, sob a luz das tecnologias, surge a teleassistência como suporte de atenção à saúde, em conjunto com a Telessaúde e a Telemedicina, que foi idealizada para suprir a lacuna de alcance assistencial da saúde dos pacientes/clientes[5], por meio de consulta médica diante da Telemedicina, e Interdisciplinar  com a Telessaúde.

Essa prática envolve vários profissionais de saúde, formando assim equipes interdisciplinares, compostas por: médicos em diferentes especialidades, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, bibliotecários entre outros.  No início do ano de 2020, o mundo presenciou o impacto da pandemia de Coronavírus (COVID-19) configurada como uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2[6], com a necessidade de isolamento e distanciamento social no período de quarentena, utilizando-se de decretos de Governos Federal, Estadual e Municipal, tendo como única finalidade a preservação da vida, da saúde, evitando assim a disseminação do Coronavírus.

Nesse contexto, que se intensifica a necessidade da Teleconsulta e a Teleassistência no suporte da Telessaúde e Telemedicina em período pandêmico no Brasil e no mundo, para Assumpção Et al. (2020, p. 77646):

A pandemia da COVID-19 tem exigido adaptações dos serviços de saúde para que estes alcancem uma melhor resposta frente a demanda crescente, e também promovam atenção à saúde num contexto de priorização de isolamento social. Entre as medidas emergenciais adotadas em decorrência da pandemia no país, os Conselhos Federais de Profissionais de Saúde e o Ministério da Saúde publicaram várias disposições normativas acerca do uso da telessaúde em diferentes contextos e especialidades, ampliando a utilização desse procedimento.

 

É neste cenário informacional, que a presente pesquisa se insere, com a necessidade de examinar a teleassistência em saúde, e o seu envolvimento com os profissionais,pesquisadores e usuários da área da informação em saúde no país, tendo como objetivo: realizar um levantamento bibliográfico sobre o uso da Telessaúde e Telemedicina como suporte assistencial e informacional aos profissionais e usuários, nos periódicos científicos da Ciência da Informação no Brasil. 

Espera-se apresentar como produto final, a necessidade da Telessaúde e Telemedicina por intermédio dos profissionais da saúde envolvidos na assistência e interação direta ao usuário (cliente), com base na análise e caracterização da produção científica na área da Telessaúde e Telemedicina nos periódicos da área da Ciência da Informação, com isso gerar dados e estatísticos sobre os estudos localizados, e entender se existe interesse dos pesquisadores sobre a temática em questão. 

 

2 METODOLOGIA

 

O tipo de pesquisa escolhido foi a Revisão Integrativa com abordagem qualitativa, por possibilitar uma ampla análise da produção científica abordada nesse trabalho, gerando dados e estatísticas. Souza (2010, s/p) afirma que:

A revisão integrativa emerge como uma metodologia que proporciona a síntese do conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática(1). O método constitui basicamente um instrumento da Prática Baseada em Evidências (PBE).

 

Neste sentido, a revisão integrativa compreende bem a pesquisa, pois além de permitir maior familiaridade entre o pesquisador e o tema a ser pesquisado, consiste na utilização de estudo de métricos em consonância com outras fontes como o levantamento bibliográfico.

Em consonância com as ideias apresentadas pelos autores e considerando o objeto do nosso trabalho, que propõe realizar um levantamento dos temas já destacados.

Para realização do estudo foram selecionados periódicos do quadriênio 2013-2016, visto que este é o último ano de atualização dos dados na plataforma Sucupira[7]. A partir daí, verificou-se todos os Periódicos on-line nacionais da Área da Ciência da Informação, desde Qualis A1 até Qualis C.

O idioma escolhido foi o português/brasileiro. Selecionamos todos os periódicos nacionais da área de ciência da informação, que está inserida na grande área de ciências sociais aplicada no período Qualis/Capes.

O Qualis é um sistema brasileiro que classifica e avalia os veículos de produção intelectual dos programas de pós-graduação das Instituições de Ensino Superior. São atribuídos estratos indicativos de qualidade, representados por letras (A, B e C) seguidas por números (A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C). Onde A1 é o mais elevado estrato e C possui peso zero. WebQualis é o aplicativo que permite a classificação e consulta ao Qualis das áreas, bem como a divulgação dos critérios utilizados para a classificação de periódicos.

A base que congrega os periódicos Qualis é a Plataforma Sucupira que, em seu site, esclarece que a plataforma é uma importante ferramenta para coletar informações, realizar análises e avaliações e ser à base de referência do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), podendo disponibilizar em tempo real e com muito mais transparência as informações, processos e procedimentos que a CAPES realiza no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) para toda a comunidade acadêmica (CAPES, 2022).

Igualmente, a Plataforma propiciará a parte gerencial-operacional de todos os processos e permitirá maior participação das pró-reitorias e coordenadorias de programas de pós-graduação (CAPES, 2022).

Neste sentido, esse tipo pesquisa compreende bem o objetivo do estudo, também, pois além de permitir maior envolvimento entre o pesquisador e o tema a ser pesquisado, consente a utilização de observações sistemática em consonância com outras fontes como bibliográfica.

 

3 O USO DAS TECNOLOGIAS COMO SUPORTE DE ATENÇÃO À SAÚDE, POR MEIO DA PRÁTICA TELESSAÚDE E TELEMEDICINA

 

O mundo globalizado de hoje se faz principalmente pelo uso das tecnologias avançadas, uso da ciência de dados, inteligência artificial entre outras, isso só foi possível graças ao surgimento da internet após a Segunda Guerra Mundial. Segundo Capobianco (2010, p. 175) “é uma estrutura global que interliga os computadores e outros equipamentos para possibilitar o registro, produção, transmissão e recepção de informações e a comunicação entre indivíduos independentemente da localização geográfica”.

A internet foi o principal alicerce que possibilitou um novo paradigma de sociedade, a medida em que os computadores eram interligados a uma estrutura global, possibilitou um maior desenvolvimento uniforme entre a sociedade e suas diversas camadas.

Com isso, a possibilidade de interação por meio da rede mundial de computadores passa a ter um grande valor dentro da sociedade, estando por toda parte, desempenhando um papel chave na contribuição da área médica por exemplo, possibilitando uma interação efetiva entre os profissionais de saúde e os pacientes/clientes.

Os estudos da área da informação e saúde estão diretamente ligados ao aperfeiçoamento da assistência em saúde em várias dimensões e suporte. O cuidado ao paciente vem sendo instituído de forma rigorosa nos serviços de saúde, principalmente pela autoridade máxima de saúde do país, o Ministério da Saúde – MS, por meio de Decretos, Leis, Portarias e outros documentos que regulamentam a área.

Uma contribuição valiosa voltada à orientação aos usuários da saúde é a Constituição Federal de 1988, cujo artigo 196, que afirma que:

[…] a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.

 

Neste seguimento, foi constituída à cartilha de instrução dos direitos e deveres para os usuários da saúde no Brasil, a “Carta dos direitos dos usuários da saúde: ilustrada”,  a qual afirma que:

Você tem o direito de receber informações claras sobre o seu estado de saúde. Seus parentes também têm o direito de receber informações sobre seu estado. Você tem direito a um atendimento sem nenhum preconceito de raça, cor, idade, orientação sexual, estado de saúde ou nível social (BRASIL, 2007, p. 03 e 04).

 

 Com essa necessidade que surge por meio das tecnologias, a teleassistência em saúde com o apoio da internet como base, e de ferramentas próprias para a veiculação vídeo/áudio chamadas, wifi, sistemas de telefonia etc. Para Neves e Goldim (2008, p. 480):

Essa tecnologia de cuidados remotos consiste na utilização de equipamentos instalados no próprio domicílio, como telefones e detectores de queda, que permitem uma comunicação direta com um centro de atendimento, no caso de uma situação de emergência.

 

A partir dessas necessidades de comunicação em saúde, no apoio ao cliente/paciente à distância das unidades de saúde, foi instituída a telessaúde e a telemedicina, que na visão de  Monteiro e Neves (2015, p. 12): 

[...] envolve o apoio a profissionais de diversas áreas da saúde, com equipe qualificada de teleconsultoria, que disponibiliza a melhor evidência científica para tomada de decisão. Na área da regulação, a Telessaúde ajuda a diminuir o número de encaminhamentos da atenção primária em saúde para outras especialidades.

 

A proposta dessa área é sem dúvidas usar a tecnologia com suporte primordial para atender a grande demanda de serviços de atenção à saúde, como por exemplo, a consulta em diferentes setores: Clínica Médica, Cirúrgica, Ortopedia, Psiquiatria, Geriatria entre outros, promovendo a acessibilidade independentemente do local em que se encontra o especialista médico e o paciente/cliente.

Seguindo essa tecnologia em saúde, e tendência assistencial necessária a teleassistência, vem à concepção da Telemedicina, que se assemelha ao conceito de Telessaúde, com contribuição direta ao cliente/paciente com o atendimento assistencial, sob a ótica da inteligência artificial que contribui diretamente com a medicina e o usuário da saúde a nível mundial.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante a pesquisa, podemos sentir a interação efetiva da Telessaúde e Telemedicina com os profissionais e usuários desses sistemas, com base na literatura disponíveis nas 17 revistas da Área de Ciência da Informação, classificadas com conceito Qualis que variou de A1 até B5, como exposto na figura 1 a seguir:

 

Figura 1 - Interface do Sistema Qualis/Capes – Classificação A1 ao C.

 

Fonte: Sistema Sucupira (2022)

 

Foi possível recuperar 65 artigos científicos divididos nos termos pesquisados:

 

        Telessaúde;

        Telemedicina; e

        Usuários de Saúde e Telessaúde.

 

Foram selecionadas classificações de periódicos do quadriênio 2013-2016, visto que este é o último ano de atualização dos dados na plataforma Sucupira. A partir daí, verificando todos os Periódicos on-line nacionais da área da Ciência da Informação, desde Qualis A1 até Qualis B. Segue o quadro 1 com a representação de cada revista:

 

Quadro 1 - Periódicos de Ciência da Informação no Brasil e Conceito Qualis.

ITEM

PERIÓDICOS

QUALIS/

CAPES

1

Informação & Sociedade

A1

2

Perspectivas em Ciência da Informação

A1

3

Transinformação

A1

4

Informação & Informação

A2

5

Ciência da Informação (Online)

B1

6

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

7

INCID: Revista de Documentação e Ciência da Informação

B1

8

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

B1

9

Revista Digital e Biblioteconomia e Ciência da Informação

B1

10

Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação

B1

11

Biblos

B3

12

Informação em Pauta

B5

13

Biblionline

B5

14

Ciência da Informação em Revista

B5

15

Múltiplos Olhares em Ciência da Informação

B5

16

Revista Brasileira de Educação em Ciência da Informação

B5

17

Revista Analisando em Ciência da Informação

B5

                                        Fonte: Autor (2022) - Dados da pesquisa.

 

Não foi possível identificar nenhum periódico conceituado com B2 e C. A tabela 01, traz um panorama da concentração dos periódicos, onde os que possuem maior destaque, são aqueles conceituados como A1, estão nas regiões sudeste e nordeste do país.

 Os periódicos com conceito B1 estão melhor distribuídos e contemplam as regiões nordeste, centro-oeste, sul e sudeste. Já aquele com conceito B3 está localizado na região sul do país.

Os periódicos B5, assim como A1, estão nas regiões sudeste e nordeste do país. Nos chama atenção o fato da região norte não ter sido contemplada.

Posteriormente procedemos à busca em cada um dos periódicos mapeados, em conformidade com os termos definidos anteriormente, quais sejam, Telessaúde; Telemedicina; e usuários da Saúde. As buscas foram realizadas no período que compreendeu os meses de Junho a Julho de 2022. 

Durante a pesquisa os sistemas de busca dos periódicos funcionaram perfeitamente bem, com exceção da “Revista Analisando em Ciência da Informação” e “Revista Brasileira de Educação em Ciência da Informação” que apresentaram uma plataforma e interface mais restrita, impossibilitando a busca dos artigos científicos, seja por busca simples ou avançada.  Foi possível recuperar 65 artigos científicos divididos nos termos, representados no quadro 2 a seguir:

Quadro 2 - Resultados da busca realizada por periódicos, autores, título dos artigos e ano de publicação.  

ITEM

PERIÓDICOS

QUALIS

AUTOR

TÍTULO DO ARTIGO

ANO

1

Informação & Sociedade

A1

Araújo, C. da S., & Pinho Neto, J. A. S. de.

Análise da Gestão da Informação para a Saúde Preventiva: o caso do Projeto Garotada Solidária contra o contágio das DST/AIDS.

2015

 

 

2

Informação & Sociedade

A1

Savi, M. G. M., & Silva, E. L. da.

O uso da informação na prática clinica na perspectiva da medicina baseada em evidências: revisão de literatura.

2010

3

Perspectivas em Ciência da Informação

A1

França, Laureni Dantas de.

O comportamento informacional dos profissionais médicos e enfermeiros do Programa Saúde da Família (PSF) - Sistema Único de Saúde (SUS)

2002

 

4

Perspectivas em Ciência da Informação

A1

 

Santos, F. C. L. D., Mollica, M. C. M., & Guedes, V. L. S.

Coerência na representação temática de artigos científicos na área de saúde pública.

2019

5

Perspectivas em Ciência da Informação

A1

 

Savi, M. G. M., & Silva, E. L. D.

O uso da informação e a prática clínica de médicos residentes.

2011

 

6

Perspectivas em Ciência da Informação

A1

 

Cunha, F. J. A. P., Ribeiro, N. M., & Pereira, H. B. D. B.

Técnicas de gerenciamento de informações em uma rede de hospitais

2014

7

Transinformação

 

A1

 

Kruel, I. R. P.

Comunicação institucional em saúde pública: uma pesquisa conscientizada.

2012

 

8

Informação & Informação

A2

 

Salles, D. G., Gonçalves, J. D. S., & Araújo, L. D. D.

A transexualidade na literatura científica das Ciências da Saúde.

2017

 

9

 

Informação & Informação

 

A2

Kawakami, T. T., Lunardelli, R. A., &Vechiato, F. L.

O prontuário eletrônico do paciente na perspectiva das recomendações de usabilidade: proposta de organização da informação

2017

 

10

Informação & Informação

A2

Maia, M. D. F. S.

A produção e o uso de informação em saúde: estudo bibliométrico da área de epidemiologia.

2006

 

11

 

Informação & Informação

 

A2

Moreira, F. M., & Pinheiro, M. M. K.

Ministério da Saúde no facebook: um estudo de caso da política de informação.

2015

 

12

Informação & Informação

A2

Bettio, M., Alvarez, G. R., & de Souza Vanz, S. A.

Produção e colaboração científica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.

2017

13

 

Informação & Informação

A2

Graças Targino, M.

Informação em Saúde: potencialidades e limitações.

2009

14

Informação & Informação

A2

Neves, B. C., & Braz, M. I. 

Interlocução entre Saúde e Ciência da Informação: proposta para o diagrama multidisciplinar da CI.

2014

 

15

Informação & Informação

A2

Galvão, M. C. B., &Ricarte, I. L. M.

Alinhamentos necessários entre o registro eletrônico de saúde e o sistema de saúde.

2017

16

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

K. de C. L. da Silva, J. L. do A. C. de Araújo Júnior, T. M. L., M. N. de Araújo

 

Análise do processo de implementação do Programa Telessaúde Brasil Redes em Pernambuco

2014

17

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

 

B1

M. S. Marcolino, M. B. M. Alkmim, T. G. P. Assis. Et al...

 

A Rede de Teleassistência de Minas Gerais e suas contribuições para atingir os princípios de universalidade, equidade e integralidade do SUS - relato de experiência.

2013

 

18

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

 

A. B. Silva, D. A. da Silva, E. E. M. Arreguy, J. A. G. de Almeida

 

Curso de processamento e controle de qualidade do leite humano no Estado do Amazonas por telessaúde: um estudo de caso da Rede BLH do SUS

2013

 

19

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

F. R. Damasceno, E. B. Reategui, E. Harzheim, C. A. A. Schmitz, D. Epstein

 

Um estudo sobre o emprego da mineração textual para classificação de teleconsultorias no contexto do Projeto Telessaúde-RS

2016

 

20

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

M. R. Marques, E. C. C. Ribeiro, C. S. Santana, V. M. Elui

 

Aplicações e benefícios dos programas de Telessaúde e Telerreabilitação: uma revisão da literatura

2014

 

21

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

S. S. M. R. S.M. Ruas, A. Á. Assunção

 

Facilitadores e barreiras à utilização das teleconsultorias off-line: a experiência dos médicos da atenção primária de Belo Horizonte

2013

 

22

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

 

K. S. Silva, A. M. dos Santos, J. A. Carvalho. Et al...

 

Percepção de gestores e enfermeiros sobre a organização do fluxo assistencial na rede de serviços de saúde

2017

 

23

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

I. S. de Araujo, J. A. Cabrera

Comunicação e Saúde – temas, questões e perspectivas latinoamericanas

2012

 

24

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

M. G. de Oliveira, C. M. de Sousa, C. R. M. de Vargas. Et al...

 

Educação a distância como recurso para capacitação de Agentes Comunitários de Saúde para intervenções preventivas relacionadas ao álcool e outras drogas

2019

 

25

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

M. S. Evangelista, V. A. Alencar, W. H. Veneziano, E. Fachin-Martins.

 

Definição de dados essenciais para software que sinalizará condições de desospitalização para a internação no domicílio

2018

 

26

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

 

S. Caivano, S. M. Á. Domene

Melhores escolhas alimentares entre usuários do Guia Alimentar Digital: um relatório do Brasil

2012

 

27

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

C. M. G. C. Dias, L. B. do C. Moreira, A. K. Santos

“Cartão da Mulher”: processos comunicativos na construção de um material de saúde impresso

2012

28

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

A. K. Santos, A. P. G. Ribeiro, S. S. Monteiro

Comunicação na hanseníase: a recepção de materiais educativos por profissionais e usuários do Sistema Único de Saúde, no município do Rio de Janeiro, Brasil

2012

29

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

D. B. S. Fortuna, V. de C. Oliveira

Mapeamento das práticas comunicacionais radiofônicas como terapia psicossocial nos serviços de saúde mental no Brasil

2012

 

30

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

 

C. de G. R. C. Molino, D. O. Melo, E. Ribeiro.

A criação de sítio para disseminar informações sobre medicamentos no SUS: um relato de experiência

2017

 

31

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

W. F. da S. Aquino, S. A. da S. Campos, D. de C. B. Friedrich.

O olhar dos profissionais de saúde e de usuários de uma unidade básica de saúde sobre a educação nutricional

2007

 

 

32

Ciência da Informação (Online)

B1

Lopes, I. L.

Novos paradigmas para avaliação da qualidade da informação em saúde recuperada na Web.

2004

 

33

Ciência da Informação (Online)

B1

Silva, A. B., &Labra, E.

Plenária Virtual Permanente: em busca da interlocução entre os conselhos de saúde.

2007

34

Ciência da Informação (Online)

B1

Macena, L. G. G., & de Brito, M. D. L.

Acesso Aberto em saúde suplementar: a construção da memória institucional de uma agência reguladora.

2019

 

35

Ciência da Informação (Online)

B1

Lima, C. R. M.de.

 

AIDS-as epidemias dos vírus e das informações.

1993

36

INCID: Revista de Documentação e Ciência da Informação

B1

Galvão, M. C. B., &Ricarte, I. L. M.

O prontuário eletrônico do paciente em escala nacional

o caso australiano

2019

37

INCID: Revista de Documentação e Ciência da Informação

B1

 

Andrade, J., & de Lara, M. L. G.

Proposta de metodologia para busca e recuperação de informações em saúde: uso de mapeamentos entre sistemas de organização do conhecimento (SOC) na construção de estratégias de busca sensibilizadas

2019

38

INCID: Revista de Documentação e Ciência da Informação

B1

Cavalcante, L. E., Costa, R. M., Nascimento, R. C. C. D., & Santos, R. J. S.

Competência em informação na área da Saúde.

2012

39

INCID: Revista de Documentação e Ciência da Informação

B1

Galvão, M. C. B.

O que pacientes e profissionais de saúde precisam saber sobre a Internet?.

2018

40

INCID: Revista de Documentação e Ciência da Informação

B1

 

Galvão, M. C. B., &Ricarte, I. L. M. 

O prontuário eletrônico do paciente no século XXI: contribuições necessárias da ciência da informação.

2011

41

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

B1

Matos, R. B. D., & Silva, A. B.

Telessaúde: uma estratégia de educação permanente aplicada às práticas e reorganização dos processos de trabalho na atenção básica no estado da Bahia.

2019

42

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

B1

 

Simeão, E. L. M. S., & de Melo, C. O.

Alfabetização em informação para a capacitação do agente comunitário de saúde no Brasil: proposta de mediação baseada no modelo extensivo e colaborativo.

2009

43

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

B1

Antunes, M. N., Silva, C. H. D., Guimarães, M. C. S., &Rabaço, M. H. L.

Monitoramento de informação em mídias sociais: o e-Monitor Dengue.

2014

44

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

B1

Gómez, M. N. G.

Tecnologias digitais e análise do regime de informação para a promoção da saúde coletiva.

2018

45

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

B1

 

Santos, A., Martins, B. C., & dos Santos, N. B. A.

A experiência de uma revista “para-acadêmica”. o uso das tecnologias interativas e colaborativas para a democratização da ciência e o acesso à saúde

2018

46

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

B1

Martins, M. D. F. M. 

Análise bibliométrica de artigos científicos sobre o vírus Zika.

2016

47

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

B1

 

Fujita, P. T. L., & Machado, C. J. S.

As contribuições do design da informação para a democratização do acesso à informação de bulas de medicamentos no brasil.

2013

48

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

 

B1

Pinto, V. B.

Prontuário eletrônico do paciente: documento técnico de informação e comunicação do domínio da saúde.

2006

49

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

 

B1

Galvão, M. C. B., &Ricarte, I. L. M.

O prontuário eletrônico do paciente no século XXI: contribuições necessárias da ciência da informação.

2011

50

Revista Digital e Biblioteconomia e Ciência da Informação

 

B1

Bueno, S. B., &Blattmann, U.

Fontes de informação on-line no contexto da área de Ciências da Saúde.

2005

51

Revista Digital e Biblioteconomia e Ciência da Informação

 

B1

 

Souza, A. D., & Almeida, M. B.

Comunicação entre sistemas de informação médicos.

2020

52

Revista Digital e Biblioteconomia e Ciência da Informação

 

B1

Oliveira, A. N., & de Castro, J. L.

Nas causas de um sintoma social o bibliotecário atua: a mediação e uso da informação como fonte de interposição sobre o vírus HIV.

2015

53

Revista Digital e Biblioteconomia e Ciência da Informação

 

B1

Oliveira, A. R. F., & de Menezes Alencar, M. S.

O uso de aplicativos de saúde para dispositivos móveis como fontes de informação e educação em saúde

2017

54

Revista Digital e Biblioteconomia e Ciência da Informação

B1

Beraquet, V. S., Ciol, R., de Oliveira, S. L., Chiavaro, N. M., & Chagas, M. A. N.

Desenvolvimento do profissional da informação para atuar em saúde: identificação de competências.

2006

55

Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação

B1

Melo, C. D. de.

Comunicação da informação em saúde: aspectos de qualidade.

2008

56

Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação

B1

Vasconcelos, W. R. M. D.

Observatório da Saúde no Legislativo: informação e comunicação a serviço da participação social em Saúde.

2009

57

Biblos

B3

Santos Bahia, E. M.

Conhecimento, inovação e documentação em unidades de saúde.

2016

58

Informação em Pauta

B5

Matos, R. B. D., & Silva, A. B.

Telessaúde: uma estratégia de educação permanente aplicada às práticas e reorganização dos processos de trabalho na atenção básica no estado da Bahia.

2019

59

Informação em Pauta

B5

Gómez, M. N. G.

Tecnologias digitais e análise do regime de informação para a promoção da saúde coletiva.

2018

60

Informação em Pauta

B5

Moraes, M. F. D. 

Requisitos de qualidade e segurança para prontuários do paciente.

2018

61

Informação em Pauta

B5

Gomes, H. F.

Protagonismo sócio-informacional na saúde coletiva.

2018

62

Informação em Pauta

B5

Carvalho, R. C. D.

Aplicação de mineração de dados em informações oriundas de prontuários de paciente.

2018

63

Ciência da Informação em Revista

 

B5

Costa Oliveira, T., da Hora Sales, M. L., Mota, F. R. L., Martins, C. M. A., & da Silva Neto, E. A.

A Implantação do Programa Telessaúde na Atenção Básica da Segunda Macrorregião de Alagoas.

2016

64

Ciência da Informação em Revista

 

B5

Mota, F. R. L., Wanderley, A. F., de Lima Filho, A. R., da Silva Rocha, J. V., & Costa, V. D.

Produção Cientifica sobre Teledermatologia nas Bases de Dados LILACS, MEDLINE, SCIELO e DYNAMED.

2015

65

Revista Brasileira de Educação em Ciência da Informação

 

B5

Santos, B. R. P., de Biaggi, C., &Damian, I. P. M.

Perspectivas sobre a atuação da gestão da informação na área da Saúde: uma análise da produção científica em âmbito nacional.

2019

Fonte: Autor (2022) - Dados da pesquisa.

No Quadro 2, a análise foi realizada a partir da busca de periódicos, autores, título dos artigos e ano de publicação, que possibilitou uma análise mais profunda do material pesquisado, por cada termo, conhecendo alguns autores, revistas, títulos dos artigos e o ano de publicação, sendo esses fatores muito importantes para gerar dados e estatísticas, para a pesquisa. 

É notada a baixa produção científica nas temáticas Telessaúde e Telemedicina com apenas 09 artigos, sendo que 56 artigos estão relacionados a Usuário de Saúde e Telessaúde, como podemos notar detalhadamente no quadro 03 seguinte:

 

 

 

 

 

Quadro 3- Resultados da busca realizada nos periódicos mapeados.

 

 

PERIÓDICOS

QUALIS/

CAPES

 

RESULTADOS POR TERMO

TELESSAÚDE

TELEMEDICINA

USUÁRIOS DE SAÚDEE  TELESSAÚDE

1

 Informação & Sociedade

A1

0

0

2

2

Perspectivas em Ciência da Informação

A1

0

0

4

3

Transinformação

A1

0

0

1

4

Informação & Informação

A2

0

0

8

5

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

B1

5

0

11

6

Ciência da Informação (Online)

B1

0

0

4

7

INCID: Revista de Documentação e Ciência da Informação

B1

0

0

5

8

Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia

B1

1

0

8

9

Revista Digital e Biblioteconomia e Ciência da Informação

B1

0

0

5

10

Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação

B1

0

0

2

11

Biblos

B3

0

0

1

12

Informação em Pauta

B5

1

 

4

13

Biblionline

B5

 

 

0

14

Ciência da Informação em Revista

B5

1

1

0

15

Múltiplos Olhares em Ciência da Informação

B5

0

0

0

16

Revista Brasileira de Educação em Ciência da Informação

B5

0

0

0

17

Revista Analisando em Ciência da Informação

B5

0

0

1

 

TOTAL POR TERMO:

8

1

56

TOTAL GERAL DE ARTIGOS:

65  

Fonte: Autor (2022) - Dados da pesquisa.

 

Logo em seguida, foi realizada uma análise detalhada dos 09 artigos da área de Telessaúde e Telemedicina que foram pesquisados durante todo o estudo, constatando uma interação efetiva entre os profissionais da saúde dentro do programa e os usuários sendo os clientes dos serviços de saúde por meio da consulta on-line ofertada pelo sistema. Conforme exposto no quadro 4:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quadro 4 - Relação dos artigos voltados a Telessaúde, Telemedicina e a sua interação com os Usuários de Saúde.

 

ITEM

ARTIGOS

INTERAÇÃO USUÁRIOS E TELESSAÚDE

1

Análise do processo de implementação do Programa Telessaúde Brasil Redes em Pernambuco.

“Diante da pesquisa levantada, entendesse que há uma dificuldade na implantação e execução do programa no estado de Pernambuco, devido a rotatividade dos profissionais e falta de habilidade no uso da plataforma, outro fator é o difícil acesso e disponibilização da internet no órgão que usam o programa.”

2

A Rede de Teleassistência de Minas Gerais e suas contribuições para atingir os princípios de universalidade, equidade e integralidade do SUS - relato de experiência.

“As dificuldades dos pacientes diante do sistema de saúde Brasileiro são constantemente, cada Estado desenvolve suas políticas públicas diante das necessidades da sua população, com o surgimento do SUS vem com ele os princípios de universalidade, integralidade e equidade, para que a população tenha acesso a todos os níveis de assistência, do primário a alta complexidade, sem distinção de qualquer tipo de preconceito diante dos profissionais que prestam atendimento.” 

3

Curso de processamento e controle de qualidade do leite humano no Estado do Amazonas por telessaúde: um estudo de caso da Rede BLH do SUS.

“A telessaúde nos meios de comunicação e informação, traz beneficies para os estudantes e profissionais, onde realizam curso e pesquisas a distância por meios das tecnologias trazendo assim novas demandas e formas de conhecimento incluído assim o conhecimento tácito.”

4

Um estudo sobre o emprego da mineração textual para classificação de teleconsultorias no contexto do Projeto Telessaúde-RS.

“A teleconsultoria tem um papel importante no esclarecimento de duvidas sobre procedimentos clínicos, ações de saúde e questões relativas a processo de trabalho no formato de perguntas e resposta entre profissionais de saúde por meio das   novas tecnologias.”

5

Aplicações e benefícios dos programas de Telessaúde e Telerreabilitação: uma revisão da literatura.

 

“Com os avanços das novas tecnologias e o fácil acesso a mesma, podemos entender que o profissional consegue realizar o seu trabalho a distância, através da tecnologia e o processo de reabilitação dos clientes, mas  diante das necessidades  existente pelo usuário /cliente, existem barreiras, será que o mesmo tem acesso a internet, habilidades no uso da tecnologia, são fatores que precisam ser avaliados diante das necessidades dos usurários, e se aquele atendimento de reabilitação seria mais rápido ou não, sabemos que o contato físico é importantíssimo, diante das necessidades de cada indevido.”

6

Facilitadores e barreiras à utilização das teleconsultorias off-line: a experiência dos médicos da atenção primária de Belo Horizonte.

“A teleconsultorias foi criada para esclarecer dúvidas sobre ações de saúde, consultas e suporte de educação em saúde, funciona de forma simples, porém existem barreiras diante do programa, onde a falta de conhecimento e habilidades do uso das ferramentas e da tecnologia que é disponíveis, tanto para os profissionais quão para os pacientes, existindo assim uma baixa procura do programa.”

7

Telessaúde: uma estratégia de educação permanente aplicada às práticas e reorganização dos processos de trabalho na atenção básica no estado da Bahia.

“Esse estudo é um Projeto Avaliativo em Saúde consiste em verificar e responder qual o papel da oferta da Tele-educação por meio do telessaúde na melhoria da qualificação dos serviços de saúde, identificação dos serviços segundo a proposta da ferramenta de gestão. Sobretudo, possibilita oferecer um serviço de qualidade ao cliente através da qualificação dos serviços oferecido pelos profissionais na Telessaúde.”

8

A Implantação do Programa Telessaúde na Atenção Básica da Segunda Macrorregião de Alagoas.

“Essa pesquisa foca na implantação da Telessaúde no estado de Alagoas desenvolvidas na segunda macrorregião de Alagoas. O Programa Telessaúde ainda é incipiente em Alagoas, dado o relativo pouco tempo da implantação, com distribuição e acesso desigual na segunda macrorregião, o que requer maiores esforços para fortalecer a iniciativa ao evidenciar os pontos críticos e dificuldades no processo. O estudo expõe a preocupação da universalização da Telessaúde no Estado de Alagoas, possibilitando um acesso amplo a todos os usuários.”

9

Produção Cientifica sobre Teledermatologia nas Bases de Dados LILACS, MEDLINE, SCIELO e DYNAMED.

“O presente trabalho se insere e possui como objetivo estudar as informações disponibilizadas via ferramentas de Telessaúde para a prevenção, o combate e o controle da Hanseníase. A estratégia de ação adotada utiliza a pesquisa na rede para identificação dos Núcleos de Telessaúde no Brasil que ofertam serviços de Teledermatologia com foco na prevenção, no combate e no controle da Hanseníase. Um estudo com o foco direto ao cliente acometido com fatores dermatológicos, através da teleconsulta em saúde.”

Fonte: Autor (2022) - Dados da pesquisa

 

Foi possível observar, que os estudos apresentam uma visão técnica voltada ao programa Telessaúde Brasil e Redes, em conjunto com a Telemedicina com a utilização de consultas on-line como meio de comunicação e interação efetiva entre os usuários e profissionais da saúde em diferentes meios, através de orientação e assistência nos casos clínico domiciliar, e mais complexos em unidades de saúde entre especialistas clínicos e generalistas em regiões isoladas de difícil acesso, com o objetivo de tratamento de patologias complexas.

 O ano de maior desempenho das pesquisas, no que diz respeito à quantidade de artigos localizados, foi em 2018 e 2019, estudos mesclados nas áreas de Telessaúde, Telemedicina e Usuário de Saúde liderando com um maior número de artigos por ano.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme os resultados, ficou claro que a pesquisa de revisão integrativa, possibilitou uma organização mais precisa, no que diz respeito à mensuração de dados científicos, como é o caso da produção de artigos científicos na Ciência da Informação. 

Em seguida, definimos como termos da busca: Telessaúde, Telemedicina e Usuários de Saúde e Telessaúde.  Então, procedemos às buscas dos termos nos periódicos identificados. Foi possível obter um total de 65 artigos que traziam em seu bojo a discussão sobre os respectivos termos buscados.

Com os resultados, evidenciamos a importância do Programa Telessaúde e Redes Brasil, e o seu envolvimento efetivo com os usuário da saúde, como também é notado o amplo uso da Telemedicina com o uso efetivo da consulta on-line por médico e clientes em diversas especialidades da medicina, e para toda equipe multidisciplinar em saúde. O uso da Telessaúde no período da pandemia apresentou uma solução para atender a demanda diante  de um cenário complicado em que o país enfrentou, em decorrência da necessidade de isolamento social obrigatório, contribuindo com os profissionais de saúde por meio do suporte da Teleconsulta e da Teleassistência.

Entretanto, encontra-se em processo de aperfeiçoamento em nosso país, por motivos diversos, podendo relacionar a resistência ao uso das novas tecnologias por parte dos clientes e profissionais da saúde, a falta de confiança e segurança nos serviços oferecidos nessa modalidade. Com esse suporte de orientação entra o profissional da informação com o poder de organização, classificação e disponibilização de todo processo informacional centrado nos usuários.

Sobretudo, levando esses fatores em consideração, a produção científica sobre a Telessaúde na área da informação foi considerada incipiente durante o levantamento bibliográfico realizado.

A combinação dos termos Telessaúde e Usuário de Saúde, apresentou grande número artigos, mas, apontam para uma união eficaz, entre os profissionais da informação, com a área Saúde contribuindo com a saúde diferenciada e efetiva com base nas evidências já existentes.

No geral, o estudo possibilitou um levantamento preliminar no que se refere à produtividade científica nos periódicos sobre os temas pesquisados. Assim, esperamos que a presente pesquisa possa contribuir de forma mais efetiva para estudos futuros, no que diz respeito a uma maior aproximação entre as áreas de Telessaúde e Telemedicina, Ciência da Informação e Ciências da Saúde, bem como, para o entendimento da importância da atuação da CI neste contexto.

 

REFERÊNCIAS

 

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BORGES, A. A.; SUZUKAWA, A. A.; ZANLUCA, C.; SANTOS, C. N. D. dos. SARS-CoV-2: origem, estrutura, morfogênese e transmissão. In: BARRAL-NETTO, M.; BARRETO, M. L.; PINTO JUNIOR, E. P.; ARAGÃO, E. (org.). Construção de conhecimento no curso da pandemia de COVID-19: aspectos biomédicos, clínico-assistenciais, epidemiológicos e sociais. Salvador: Edufba, 2020. v. 1. DOI: https:// doi.org/10.9771/9786556300443.002.

 

CAPOBIANCO, Ligia. A revolução em curso: internet, sociedade da informação e cibercultura. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2010.

 

COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR (CAPES).  Plataforma sucupira. Disponível em: https://sucupira.-capes.gov.br/sucupira /public/lancamento/sobre.jsf. Acesso em: 5 jul. 2022.

 

FREITAS, Matheus. Você sabe o que são as novas Tecnologias da Comunicação e Informação?. UniFOA, 23 julho 2021. Disponível em:  https://www.unifoa.edu.br-/voce-sabe-o-que-sao-as-novas-tecnologias-da-comunicacao-e-informacao. Acesso em: 5 jul. 2022. 

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SABBATINI, Renato ME. A Telemedicina no Brasil: Evolução e Perspectivas. 2012. Disponível em: http://www.sabbatini.com/renato/-papers/TelemedicinaBrasil.pdf.>  Acesso em: 10 jul. 2022.

 

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SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, MICHELLY, Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer.  Einstein, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 102-106, 2010.

 

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TAKAHASHI, Thays. A nova era das cirurgias à distância com robôs. 2022. Disponível em: https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/a-nova-era-das-cirurgias-a-distancia-com-robos/. Acesso em: 31 ago. 2022.

 

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[1] Mestre em Ciência da Informação, Bibliotecário, e Graduando em Nutrição pela Universidade Federal de Alagoas. 

[2] Graduando em Nutrição pela Universidade Federal de Alagoas.

[3] Graduando em Nutrição pela Universidade Federal de Alagoas.

[4] Especialista em Docência no Ensino Superior, Graduado em Designer de Interiores pelo Instituto Federal de Alagoas, e Graduando em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Alagoas.

[5] Cliente é a denotação atual, a forma mais moderna de se denominar a pessoa que utiliza o serviço de saúde (SAITO Et al. 2013, p.178).

[6] Assim como o SARS-CoV, o mais novo coronavírus descrito, o SARSCoV-2, causador da COVID-19 (do acrônimo em inglês – COronaVIrus Disease 2019 – doença por coronavírus do ano 2019), emergiu a partir de mutações provavelmente resultantes de seleção natural sofridas em uma estirpe viral originária de morcegos (BORGES, Et al. 2020, p.05).

[7] É um sistema usado para classificar a produção científica dos programas de pós-graduação no que se refere aos artigos publicados em periódicos científicos. Qualis afere a qualidade dos artigos e de outros tipos de produção, a partir da análise de qualidade dos veículos de divulgação, ou seja, periódicos científicos.