BIBLIOTERAPIA

 do livro físico ao digital e virtual

Luiz Felipe da Silva Candido[1]

Universidade Federal da Paraíba

luizphenix222@gmail.com

Antonia Lucineide Francisco de Lima[2]

Universidade Federal do Cariri

professoraluhlima@gmail.com

Erick Alves de Lima Amorim[3]

Universidade Federal da Paraíba

erickalvespb@hotmail.com

______________________________

Resumo

O presente artigo busca apresentar a biblioterapia como importante segmento hospitalar, evidenciando a atuação do(a) bibliotecário(a) dentro desse contexto como um profissional indispensável sendo um dos mais importantes nessa prática. Traça uma breve linha temporal da biblioterapia e discorre sobre seu processo evolutivo fazendo menção aos seus meios de realização. Tendo como objeto principal o livro, analisa os suportes informacionais utilizados e aplicados nesse processo. Discute sobre o meio virtual e digital na biblioterapia apontando formas de inserção das novas tecnologias de informação e comunicação nesse domínio. Para tanto, utilizou-se da pesquisa bibliográfica e documental com análise qualitativa.  A partir deste estudo é possível compreender mais sobre a aplicação da biblioterapia conhecendo o papel desempenhado pelo (a) bibliotecário (a), propor discussões sobre inovações no que diz respeito ao avanço do livro físico ao digital e virtual, mostrando como é possível inserir esta prática para a melhora do serviço e qualidade de vida das pessoas através da informação.

Palavras-chave: biblioterapia; bibliotecário; tecnologias de informação; livro.

BIBLIOTHERAPY

 of physical book to digital and virtual

Abstract

This article seeks to present bibliotherapy as an important hospital segment, highlighting the librarian's role within this context as an indispensable professional and one of the most important in this practice. It traces a brief timeline of bibliotherapy and discusses its evolutionary process, mentioning its means of realization. With the book as its main object, it analyzes the information media used and applied in this process. It discusses the virtual and digital environment in bibliotherapy, pointing out ways in which new information and communication technologies can be used in this field. To this end, bibliographical and documentary research was used, with a qualitative analysis.  From this study it is possible to understand more about the application of bibliotherapy, knowing the role played by the librarian, proposing discussions on innovations with regard to the advance of the physical book to the digital and virtual, showing how it is possible to insert this practice to improve the service and quality of life of people through information.

Keywords: bibliotherapy; librarian; information and communication technologies; book.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo busca apresentar a biblioterapia como importante segmento hospitalar, evidenciando a atuação do (a) bibliotecário (a) dentro desse contexto como um (uma) profissional indispensável sendo um dos mais importantes nessa prática. Traça uma breve linha temporal da biblioterapia e seu histórico onde podemos observar sua utilização em tempos passados, conceituando-a para melhor compreensão do termo. Em seguida, discorre sobre a aplicação de novas ferramentas digitais e virtuais, a partir do livro físico, no tratamento para pessoas com algum problema mental ou emocional, com base em alguns estudos já realizados, fazendo uma revisão de literatura que traz exemplos para servir de espelho e possibilitar essa inserção com ajuda de profissionais de forma multidisciplinar além da contribuição do (a) bibliotecário (a).

A pesquisa tem como objetivo propor novas discussões acerca do uso digital e virtual na biblioterapia, tendo em vista a escassez de material sobre o assunto quando observamos a Base de Dados Referencial de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI), de grande relevância na área.

 

1.1 Metodologia

A elaboração do presente artigo segue os pressupostos da pesquisa bibliográfica e documental, com análise qualitativa, onde os procedimentos relacionados as técnicas da pesquisa ocorreram por meio de busca nas bases de dados: Base de Dados Referencial de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI), Google Acadêmico; Scientific Electronic Library Online (SciELO), e demais artigos de periódicos disponíveis em Revistas Científicas na área Biblioteconomia e ciências da informação. Como critérios de inclusão foram selecionados trabalhos científicos em língua vernácula, com os seguintes descritores: Biblioterapia. Bibliotecário. Tecnologias de informação.

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 1 - Representação da estratégia da coleta e análise dos dados

 

1       

2       

3       

4       


                                                                                                                                       

 

 

 

 

5       

 

 

 

 

6       

7       

 


Fonte: Dados da pesquisa (2023).

 

A figura acima demonstra o esquema da representação da estratégia utilizada para a coleta e análise dos dados, onde por meio dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionadas publicações nacionais utilizando de pesquisas para uma melhor exposição dos resultados que com põem a elaboração reflexiva da discussão deste artigo.

 

2 BREVE HISTÓRICO DA BIBLIOTERAPIA

 

A princípio, no processo evolutivo da prática da leitura, considerada um importante componente terapêutico, foram encontradas em bibliotecas antigas e medievais inscrições que nos remete a atuação do livro como remédio para alma (Ratton, 1975). Já os gregos afirmavam que as suas bibliotecas funcionavam como um certo repositório de remédios para o espírito e os romanos acreditavam que as orações poderiam ser lidas para que pacientes melhorassem sua saúde mental, espiritual e física.

Roberts (1984, p. 198) afirma que “[...] desde a antiguidade os livros, especialmente as biografias, têm sido usados transmitindo informações sobre a vida de geração em geração”. Recentemente no século XIX, antes do surgimento do termo “biblioterapia”, surgiram trabalhos que relacionavam bibliotecas com trabalhos terapêuticos. Sendo considerada a influência da leitura sobre doentes mentais, ressaltando a necessidade de uma seleção de material adequado para aplicação de tal método terapêutico (Rottan, 1975).

 São inúmeras as discussões realizadas sobre a origem do termo biblioterapia. Contudo, sabe-se que o termo surgiu na América do Norte aproximadamente na primeira parte do século XIX, em trabalhos que relacionavam a biblioteca enquanto ação terapêutica. Complementa-se esse fato com a assertiva de Rottan (1975) que somente no início do século XX, a biblioterapia finalmente se expandiu nos Estados Unidos.

Para Pereira (1996, p. 37) “[...] as primeiras experiências em Biblioterapia, foram feitas por médicos americanos de 1802 a 1853, [...] uma das melhores receitas para seus pacientes hospitalizados, era de livros cuidadosamente selecionados e adaptados às necessidades individuais”. Dessa forma, Benjamim Rush, em uma conferência sobre a Construção e Administração de Hospitais, realizada em 10 de novembro de 1802, recorda que para a recreação, divertimento e informação dos pacientes de um hospital, deve por todas as razões haver uma biblioteca como parte de seu mobiliário (Pereira, 1996).

No ano de 1904, teve início na biblioteca do Mc Lean Hospital em Massachussets, um programa envolvendo os aspectos psiquiátricos da leitura. Tendo, pois, no ano de 1940, a Menninger Clinic demonstrado interesses voltados para biblioterapia, procurando constituí-la como ciência, sendo realizado neste mesmo período, pela Biblioteca do Veterans Hospital a utilização de livros, inclusive em pacientes que se encontravam submetidos a terapia de choque (Ratton, 1975).

Já no Brasil podemos destacar alguns projetos de extensão voltados para a biblioterapia como o projeto do professor Caldin, no ano de 2002, pela Universidade Federal de Santa Catarina que relata a experiência do projeto de extensão universitária Biblioterapia: programa de leitura para crianças internadas no Hospital Universitário.

De acordo com Caldin (2002, p. 39),

 

[...] as crianças internadas encontram-se afastadas do lar, da escola e dos amigos, apresentam-se em situação de fragilidade física e emocional. Acreditou-se que o programa de leitura dirigida – biblioterapia – poderia ajudá-las a superar o medo, a angústia, a tristeza, o desalento e a ansiedade que acompanham a doença. Pretendeu-se proporcionar alívio, serenidade e consolo à comunidade infantil que se encontra hospitalizada, bem como diminuir o stress dos acompanhantes.

 

Outro projeto que podemos aqui destacar é o Projeto de extensão: Biblioterapia com crianças portadoras de câncer, a leitura como atividade lúdica, realizado no período de 2010, coordenada pela Professora Ariluci Goes Elliott, com a colaboração dos professores Maria Cleide Rodrigues Bernardino e Modesto Leite Rolim Neto do Curso de Biblioteconomia, Universidade Federal do Ceará, Campus Cariri.

Constatamos também na Universidade Federal da Paraíba, o projeto de Biblioterapia para Idoso do Asilo localizado na Mata do AMEM (Associação Metropolitana de Erradicação da Mendicância), na qual são recebidas pessoas sem critérios de distinção, seja da ordem econômica, social, raça ou credo religioso. No local, residem 47 idosos, os quais são atendidos por 16 funcionários e voluntários de diversas áreas, principalmente da área da saúde. O projeto é coordenado pela professora Edna Pinheiro e tem como objeto a intenção de proporcionar aos idosos qualidade de vida e bem-estar, no que tange às suas expectativas de vida e ao seu “isolamento” social, tendo na leitura um dos caminhos para a dignidade da vida humana. Percebe-se o quanto é relevante a inserção da leitura para grupos de indivíduos ausentes do lar, carente de família e amigos, que buscam a todo custo desnudar seus ideais, acreditando na certeza que podem voltar a ser felizes.

 

2.1 CONCEITUAÇÃO E DEFINIÇÕES DA BIBLIOTERAPIA

Pereira (1996, p.47) recorda que: “Biblioterapia é uma palavra oriunda do grego. “Biblion”, significa livro e “Therapia” significa tratamento. [...] os estudos mais recentes consideram Samuel Mechord Grothers como o precursor da palavra em 1916 em um artigo publicado no Atlantic Monthy”.  Reforçando este sentido Ouaknin (1996, p. 11) diz que “a palavra “biblioterapia” é composta de dois termos de origem grega, βιβλίο e Θεραπεία, “livro” e “terapia.” Deste modo a “biblioterapia” é a “terapia por meio de livros’”. 

Cunha e Cavalcante (2008, p. 55) no Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia, apresentam biblioterapia como a “[...] utilização de livros e outros materiais de leitura em programas de leitura direcionada e planejada para auxílio no tratamento de problemas mentais e emocionais, bem como desajustes sociais.”

Para Shrodes (1949, p. 83, tradução nossa), “Biblioterapia é um processo dinâmico de interação entre a personalidade do leitor e a literatura imaginativa, que pode atrair as emoções do leitor e libertá-la para uso consciente e produtivo”, conseguindo assim através do encontro pessoal entre o leitor e o personagem da história lida, o paciente vir a conseguir estímulos que lhe levem a solucionar seus problemas.

Para Castro e Pinheiro (2005), a biblioterapia se constitui num processo interativo de sentimentos, valores e ações, tendo como resultado final um processo harmônico e equilibrado de crescimento e desenvolvimento pessoal. Seitz (2006, p.22) afirma que “[...] a biblioterapia é uma forma propícia para promover prazer e conforto, contribuindo para o bem-estar físico e mental dos indivíduos e proporcionando assim uma forma para combater os males que afligem.”

Já para Sousa, Santos e Ramos (2013), a biblioterapia é: 

 

[...] uma forma de terapia realizada através da leitura de livros e materiais afins. Seu alvo são pessoas que estejam passando por dificuldades emocionais e/ou físicas. A Biblioterapia estimula essas pessoas a resolverem seus problemas e controlar suas emoções para que possam conviver socialmente e consigo mesmo.

 Logo conseguimos compreender em meio a tantos conceitos que a biblioterapia é um meio de comunicação, ao qual é permitido trabalhar o estado emocional do paciente em conjunto com meios tradicionais de tratamento, auxiliando assim em sua recuperação sendo permitida sua aplicação a todo tipo de pessoa e nos mais diversos contextos em que estes se encontrem.

 

2.2 ATUAÇÃO DO (A) BIBLIOTECÁRIO (A)

Em uma definição básica deste profissional, Cunha e Cavalcante (2008) destacam as competências de direção, organização, conservação, além do funcionamento da biblioteca, funções técnicas e administrativas. Tendo em vista as tecnologias sofisticadas, faz-se necessária a capacidade de poder utilizar-se dessas ferramentas tecnológicas para um bom tratamento da informação, como explica Pinto (2005).

Mas qual seria a principal ligação do(a) bibliotecário(a) nesse processo biblioterapêutico? Partindo de uma visão social, Pereira (1996 p. 65) afirma que “[...] ele é, ou deveria ser, um instrutor profissional amadurecido, responsável, realizando competentemente uma tarefa importante”. O que faz com que o(a) bibliotecário(a) assuma esse papel de auxílio médico, parte da intermediação de livros específicos de conhecimento pessoal destinados ao paciente, práticas de leitura em grupo mantendo aproximação para acompanhamento psicológico e relatórios das melhorias dos pacientes ocorridas com a leitura do material selecionado.

Há estudos em que se discutem a necessidade de uma especialização para esse tipo de profissional como aponta Kinney (38) citado por Pereira (1996) em seu livro Biblioterapia, que diz respeito à necessidade de treinamentos, estudos de técnicas de psicologia para que o terapeuta faça avaliações do significado emocional das reações do paciente, além da experiência do(a) bibliotecário(a) por meio de conhecimentos adquiridos na prática.

 

3 DO LIVRO FÍSICO AO DIGITAL

O mundo evoluiu e juntamente com ele o livro, desde o surgimento do papiro passando pela imprensa móvel de Gutemberg por volta de 1450 sendo uma grande revolução para a imprensa, chegando aos dias atuais com o processo de automação através das novas tecnologias, ocorrendo desta forma mudanças no seu processo de produção, culminando com o surgimento do e-book, ou seja no seu formato digital, porém como nos apresenta Reis e Rozados (2016, p. 3) mesmo “[...] em um mundo de bits, o livro não perdeu suas características originais. Pelo contrário, com ele é possível acreditar na possibilidade de democratização e socialização da leitura.”, possibilitando assim o uso de mais uma ferramenta na aplicação da biblioterapia através não apenas do livro físico, como também do formato digital através do e-book.

Mas o que é um livro? Qual a diferença entre o livro físico e o digital? E qual sua importância no ato de ler? Estas são algumas das perguntas que os biblioterapêutas devem ter em mente já que sua matéria prima de trabalho é o livro, para tal o QueConceito (2005) nos apresenta o seguinte conceito para livro: “[...] uma obra (que pode ser manuscrita, impressa ou desenhada) disposta em folhas de papel encadernadas e protegidas por uma capa.”, já Paiva (2011, p. 84) explica a etimologia do termo: “[...] e-book, abreviação inglesa de eletronic book, é um livro em formato digital, que pode ser lido em equipamentos eletrônicos tais como computadores, PDAs ou até mesmo em celulares que suportam esse recurso”. Pinheiro (2001) compreende o e-book como a designação de uma publicação em um formato ou suporte digital, indo além do texto escrito em si, possibilitando incluir também imagens, vídeos e áudio.

Desta forma podemos ver e compreender que tanto o livro físico assim como o digital podem ser utilizados na prática biblioterapêutica visto que não perde seu intuito maior que é o da leitura enquanto encontro entre personagem e paciente. Pensando assim Ouaknin (1996, p. 16) nos diz que “[...] a leitura é primeiramente um acontecimento solitário, um encontro privado com outro mundo, sozinho com o livro, livro sozinho consigo mesmo.”  Ou seja, a leitura para o paciente deve ser um encontro enquanto aspecto pessoal deste mundo ali criado com o mundo em que se vive lhe possibilitando assim uma nova perspectiva sobre si mesmo.

A leitura torna-se, portanto, uma forma de aprendizagem, lazer e estímulo para novas descobertas. “[...] ensinar a ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão da comunicação”. (Freire, 2006, p.16).

Freire (2006, p.12) descreve a leitura em “diferentes” momentos na experiência de sua vida, a “leitura do mundo”, a “leitura da palavra”, a leitura da “palavramundo”. A leitura é realizada de diversas formas, não apenas na forma linguística, mas nas diferentes estruturas e situações. Desta forma ela – a leitura - é constituída e percebida através dos diferentes contextos e sentidos, ampliando o horizonte do entendimento, através da compreensão de mundo, do modo como enxergamos as coisas e as vivenciamos em nosso dia-a-dia.

 

4 APLICAÇÃO DO MEIO VIRTUAL

A partir da compreensão do livro enquanto sua forma ou suporte físico e digital queremos aqui apresentar agora experiências do mesmo que podem ser utilizadas e aproveitados na biblioterapia através do meio virtual, seja na forma de Realidade Virtual através de software criados que auxiliam em tratamentos, sejam em forma terapêutica ou simplesmente na aplicação de vacinas sendo tudo isso através de ambientes virtuais.

O uso das novas tecnologias tem sido cada vez mais frequente nas mais diversas áreas, dentre elas a da saúde, onde podemos observar isso quando Linch, (2002) nos apresenta o uso de jogos de vídeo como modo de recreação terapêutica utilizada entre os anos de 1970 e 1980, sendo a parir daí que os profissionais da área iniciam a produção e a comercialização de software com sua aplicação no treinamento cognitivo dos jovens.

Um exemplo de aplicação de Realidade Virtual (RV) no Brasil foi a criada e elaborada pelo Ogilvy Brasil, onde na nova campanha da Hermes Pardini, medo e choro viram diversão e entretenimento através da vacinação em RV.

 

Quando a criança chega a unidades específicas do Pardini para ser vacinada, vai logo recebendo seus óculos de realidade virtual.  É assim que a mágica acontece: enquanto ela é transportada para um universo lúdico em um vídeo 360°, o enfermeiro prepara a vacina. Pelas lentes, nada de ampolas ou agulhas, só um novo amiguinho (um personagem no estilo dos jogos de RPG online) que pede ajuda para se tornar um herói e salvar todo o reino. O momento em que a criança vê o personagem colocando o "poder especial" em seu braço é, na verdade, o instante exato em que o enfermeiro aplica a vacina. O resultado? A maioria se diverte com a aventura, encara o medo da agulha e fica com a sensação de ter, de fato, se tornado um herói. (Pardini, 2018, p.1).

 

Ou seja, é uma técnica que poderia ser utilizada na biblioterapia a partir da criação de softwares que narrassem histórias lúdicas específicas para as pessoas que utilizam-se da biblioterapia, seja para tratamentos emocionais ou físicos, visando a utilização da narração enquanto ato de leitura. Através da realidade virtual podemos criar terapias audiovisuais em um ambiente seguro, onde o paciente poderá estar livre e sem restrições para fazer a sua leitura de mundo, auxiliando desta forma em seu tratamento.

 

 

 

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, podemos observar a importante função do (a) bibliotecário (a) fora das paredes da biblioteca na exploração de novas formas de disseminação da informação e na aplicação de maneiras de interação com uso das tecnologias de informação e comunicação em outras áreas. O (A) bibliotecário (a), no que tange à saúde, busca melhorar a vida das pessoas nos aspectos cognitivo e emocional com ênfase no papel social, bem como suas competências profissionais e experiências de mundo.

Trouxemos em primeiro plano a discussão de aplicação de novas possibilidades dentro da biblioterapia com base no que já é utilizado. O estudo possibilita futuros olhares no que diz respeito a tratamentos por meio da biblioterapia, além de considerar válida a possibilidade de se trabalhar com ferramentas digitais e virtuais no estímulo de pacientes audiovisualmente em parcerias com outros profissionais de saúde ou não que possam contribuir de alguma forma com o que se encontra proposto neste trabalho.

REFERÊNCIAS

CALDIN. C. F. Biblioterapia para Crianças Internadas no Hospital Universitário da UFSC: uma experiência. Encontros Bibli, v. 7, n. 14, p. 38-54, 2002. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2002v7n14p38. Acesso em: 19 fev. 2024.

 

CASTRO, R.; PINHEIRO, E. Biblioterapia para idosos: o que fica e o que significa. Biblionline, v. 1, n. 2, 2005. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio/article/view/586. Acesso em: 20 fev. 2024.

 

CUNHA, M. B. CAVALCANTE, C. R. O. Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos, 2008.

 

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 48. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

 

PARDINI, H. Realidade virtual transforma a experiência da vacinação infantil. Disponível em: https://www3.hermespardini.com.br/pagina/2179/realidade-virtual-transforma-a-experiencia-da-vacinacao-infantil-.aspx Acesso em: 25 abr. 2023.

 

LINCH, B. Historiacal Review of Computer-assisted Cognitive Retraining. The Journal of Herad Trauma Rehabilitation. v. 17, n. 5, p. 446-457. out. 2002. Disponível em: https://journals.lww.com/headtraumarehab/toc/2002/10000. Acesso em: 28 mar. 2023.

 

OUAKNIN, M. Biblioterapia. São Paulo: Edições Loyola, 1996.

 

PAIVA, L. E. Ebook. Aparecida-SP: Ideias e Letras, p. 295. 2011.  Disponível em: http://www.luceliapaiva.br/BIBLIOTERAPIA.html.  Acesso em: 25 abr. 2023.

 

PEREIRA, M. M. G. Biblioterapia. João Pessoa: UFPB/Editora Universitária, 1996.

 

PINHEIRO, C. Aplicações para ebooks. [S.l.]: Ler Ebooks, [2001]. Disponível em: http://lerebooks.wordpress.com/aplicacoes-para-ebooks/. Acesso em: 12 mar. 2023.

 

PINTO, V. B. A biblioterapia como campo de atuação para o bibliotecário. Transinformação, v. 17, p. 31-43, jan./abr., 2005. Disponível em: http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/transinfo/article/view/703. Acesso em: 05 abr. 2023.

 

QUECONCEITO. Conceito de Livro. Site. 2005. Disponível em: http://queconceito.com.br/livro. Acesso em: 28 abr. 2023.

 

RATTON, N. M. L. Biblioterapia. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, v. 4, n. 2, p. 198-214, 1975. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reb/article/view/36171. Acesso em: 20 dev. 2024.

 

REIS, J. M.; ROZADOS, H. B. F. O Livro digital: histórico, definições, vantagens e desvantagens. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS. 19.; Biblioteca universitária como agente de sustentabilidade institucional. Anais... Universidade Federal do Amazonas Manaus: SNBU, 2016. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/151235. Acesso em: 24 fev. 2024

 

ROBERTS, A. H. Bibliotherapy: a technique for couselig blind people. Jornal of Visual Impairment e Blindness, Illinois, v. 78, n 5, p. 197-199. may 1984. Disponível em: https://eric.ed.gov/?id=EJ301317. Acesso em: 28 mar. 2023.

 

SEITZ, E. M. Biblioterapia: uma experiência com pacientes internados em clínica médica. 2000. 79 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/78289. Acesso em: 20 fev. 2024.

 

SHRODES, C. Biblioteraphy: a theoretical and clinical-experimental study. 1949. 344 f. Dissertation (Doctor of Philosophy in Education) – Universit of California, Berkel.

 

SOUSA. T. C. S.; SANTOS. A. P. S.; RAMOS. R. B. T. R. Ações e projetos de biblioterapia: uma revisão de literatura brasileira. In: CONGRESSO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 25., Florianópolis-SC. Anais... Febab: Florianópolis-SC. 2013. p. 1-16.   Disponível em: http://repositorio.febab.org.br/files/original/8/2388/1500-1513-1-PB.pdf. Acesso em: 20 fev. 2024.

 



[1] Bacharel em Biblioteconomia, Graduando em Arquivologia – Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

[2] Mestra em Biblioteconomia – Universidade Federal do Cariri (UFCA).

[3]Graduando em Biblioteconomia – Universidade Federal da Paraíba (UFPB).