A contribuição do uso de plantas medicinais na autonomia dos cuidados com a saúde

Autores/as

  • Marta Rocha de Castro Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.21728/asklepion.2022v2n1.p160-171

Palabras clave:

Plantas medicinais, Autocuidado, Autoatenção

Resumen

O uso de plantas medicinais, difundido mundialmente e utilizado há milhares de  anos por populações tradicionais e povos originários é oficializado no Brasil com a criação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e a inclusão dessa prática no sistema oficial de saúde no Brasil. A política entre outros objetivos valoriza o conhecimento tradicional e popular do uso de plantas e possibilita outra forma de cuidado, baseado em relações mais horizontais, trocas de conheciemtno além de  incentivar outra abordagem de cuidado e do processo saúde\ doença.  O presente artigo traz uma reflexão sobre os diferentes significados da saúde e do cuidado  e como o uso de plantas medicinais no SUS pode contribuir com o autocuidado\ autoatenção das pessoas.  Para enriquecer a discussão, trouxemos  trechos de entrvistas feitas com agentes importantes na criação e desenvolvimento da PNPMF sobre o tema. Concluímos que a inclusão do uso de plantas no SUS têm grandes possibilidades de fomentar a transmissão e a valorização do conhecimento tradicional de contribuir com outras as práticas de cuidado, em decorrência de atuar de forma a promover o cultivo, a produção dos remédios caseiros, possibilidades mais efetivas de mudanças nas práticas de cuidado, reduzindo o protagonismo dos procedimentos biomédicos ou, pelo menos, ofertando outras possibilidades de tratamentos, além de fomentar o autocuidado das pessoas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BADKE, Marcio Rossato. Significado do uso de plantas em práticas de autoatenção em situações de padecimento. 2017. 159 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017.

BADKE, Marcio Rossato et al. Significados da utilização de plantas medicinais nas práticas de autoatenção à saúde. Revista da Escola de Enfermage da USP, São Paulo, v. 53, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1980-220X2018047903526. Acesso em: 20 jun. 2022.

BRASIL. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de atenção básica. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília: Ministério da saúde, 2006.

BUB, M. B. C. et al. A noção de cuidado de si mesmo e o conceito de autocuidado na enfermagem. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, v. 15, n. (esp.), p. 152-157, jan. 2006.

CASTRO, Maria R. E.; LEDA, Paulo Henrique. Normativas sanitárias e a distribuição geográfica na fabricação de fitoterápicos no Brasil. Revista Fitos, [s. l], v. 15, n. 4, p. 550-565, jan. 2021.

FLEISCHER, S. “O „grupo da pressão‟: notas sobre as lógicas de „controle‟ de doenças crônicas na Guariroba, Ceilândia/DF” Amazônica- Revista de Antropologia, v. 5, n. 2, p.452-477, 2014.

FOUCAULT, M. História da sexualidade 2: o cuidado de si. Rio de Janeiro (RJ): Graal; 1988.

HERNANDES, Ane Rikie Hayashida et al. Plantas medicinais como prática de autoatenção por agricultoras do sul do RS. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 23., 2014, Pelotas. Anais [...]. Pelotas: UFPEL, 2014. p. 1-4.

LANGDON, E. J. Os diálogos da antropologia com a saúde: contribuições para as políticas públicas. Ciênc. Saúde Coletiva, [s. l], v. 19, n. 4, p. 1019-1029, abr. 2014.

LANGDON. E. J, WIIK. F.B Antropologia, saúde e doença: uma introdução ao conceito de cultura aplicado às ciências da saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 18, p. 459-466, 2010.

LÉDA, P.H. Etnobotânica aplicada às plantas medicinais como subsídio para a introdução de espécies nativas do bioma Amazônia no Sistema Único de Saúde de Oriximiná. 2019. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte, FIOCRUZ, Belém, 2019.

MENENDEZ, E. L. Modelos de atención de lospadecimientos: de exclusiones teóricas y articulaciones prácticas. Ciência & saúde coletiva, v 8, n. 1, 185-208, 2003.

MORIN, E. Ciencia con consciencia. Barcelona: Anthropos.1984

PINTO, Erika de Paula Pedro; AMOROZO, Maria Christina de Mello; FURLAN, Antonio. Conhecimento popular sobre plantas medicinais em comunidades rurais de mata atlântica - Itacaré, BA, Brasil. Acta Bot. Bras., Alta Floresta, v. 20, n. 04, p. 751-762, dez. 2006.

PORTOCARRERO, V. Governo de si, cuidado de si. Currículo Sem Fronteiras, [s. l], v. 11, n. 1, p. 72-85, jun. 2011.

SILVA, T. R. D. Geograficidade, percepção e saberes tradicionais dos pescadores do lago Guaíba, Porto Alegre. RS. Dissertação de mestrado. Programa de Pós Graduação em Geografia, UFRS. 2007

Publicado

2022-06-28

Cómo citar

ROCHA DE CASTRO, M. A contribuição do uso de plantas medicinais na autonomia dos cuidados com a saúde. Asklepion: Informação em Saúde, Rio de Janeiro, RJ, v. 2, n. 1, p. 160–171, 2022. DOI: 10.21728/asklepion.2022v2n1.p160-171. Disponível em: https://asklepionrevista.info/asklepion/article/view/46. Acesso em: 23 nov. 2024.